Minha tristeza, minha luta
Não quero mais viver nessa floresta sem vida
nesse vazio minha visão vai longe
mas tudo que vejo é um nada
Cadê a vida que um dia esteve nessa terra?
O canto dos pássaros silenciou
a beleza das flores feneceu
a cultura de meu povo foi derrubada
em golpes de machado e ganância
Que papel é esse que vale mais que nossa história?
Que fumaça é essa que embaraça nossa memória?
Sei que nada sou perante esse império,
que nada entendo desse mundo de pastas e homens de terno
mas hei de lutar até a morte pelo que é do meu povo
Se meu sangue escorrer por esse rio
e um dia desaguar numa terra em que viva meu neto ou meu filho
do alto sorrirei um raio de sol
para que nos olhos de cada um se reflita a virtuosidade da natureza
e se mantenha viva a chama dessa harmonia
1 Comments:
Em homenagem à luta dos índios tupinikins e guaranis contra a empresa Aracruz Celulose
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