Tuesday, December 11, 2012

Alô alô Planeta Terra

Aqui estou eu
Transmitindo a dor
Pelas doces ondas do tédio

E lá vou eu
Perseguindo o odor
Das flores do prédio

Versos de sujeira
Escutados no além-ser
Este monstro desconhecido
- e todos os monstros o são
em sua fatídica inexistência-
faz cosquinhas nos pés

Pratos feitos de garfos
Escondendo rastros de fome
Alô alô Planeta Terra
Alguém para acariciar meus medos
Em cambio de uma moeda?

Ai ai ai orvalho que não vem
Chuva que sobe
Rebeldia que não tarda
Em ser eu

A privada é pública
Governos e cagadas homéricas
Bêbados e seus porres foucaultianos
Bar, bares, idades
Estou ficando velho
De frases, caduco
De gases. Petróleos jorrando
Dos pênis desse capitalismo
Utópico.
O trópico, esse sim tão real
Quanto o meu pau.
Calor dos inferno
Que é o mesmo que céu
Dos nossos corpos suados e nus.

Porque todas as coisas
Tem que fazer sentido?
Porque os militares que fazem
Não fazem. Sentido!
Porque as pessoas o que você
Não tem sentido?

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