Encontrei-te em algum beco escuro
Te reencontro sempre onde nunca estiveste
Em sonhos, hortas e balcões de bar
Porque eres a beleza mesma
Que me ensinaram a admirar
Te não vejo em todo lugar em que estás
Não te sinto mas toco tua beleza distante
Te vejo atrás de um vidro intransponível
Não sei até quando poderei suportar
Minha falta de mundo e tua beleza excessiva
Vagabundo, vagamundo vagasurdo-cego-mudo
Nada passa, corre tudo, o tempo voa rastejando
E é sempre tu quem encontro onde vou
Onde tu nunca estiveste nem estarás:
Sonhos, hortas e balcões de bar