Grito Literário

Saturday, October 29, 2011

Payasurbano

Triste calle
de la ciudad gris
déjame pintar
de rojo
tu nariz

Vejo em seu olhar
um mar infinito
mas o que será
que você vê
através destes olhos
de oceano?

Gotas de alma

Chove tanto lá fora
os corpos se inundam
e eu me resumo
a uma gota de lágrima
que não escorre
dentro de mim

Onde tu não estás

Encontrei-te em algum beco escuro
Te reencontro sempre onde nunca estiveste
Em sonhos, hortas e balcões de bar
Porque eres a beleza mesma
Que me ensinaram a admirar

Te não vejo em todo lugar em que estás
Não te sinto mas toco tua beleza distante
Te vejo atrás de um vidro intransponível
Não sei até quando poderei suportar
Minha falta de mundo e tua beleza excessiva

Vagabundo, vagamundo vagasurdo-cego-mudo
Nada passa, corre tudo, o tempo voa rastejando
E é sempre tu quem encontro onde vou
Onde tu nunca estiveste nem estarás:
Sonhos, hortas e balcões de bar