Grito Literário

Sunday, March 27, 2011

Cientista jovem louco (num mundo onde os normais constroem bombas atômicas)

Inventei uma lente
que faz ver diferente
é tão transparente
que faz enxergar o evidente:
o salário indecente
o poder que mente
o povo descrente

Mas de tão transparente
a lente reflete a gente
faz ver o sorriso inocente
o olhar eloquente
o abraço latente
e o amor resistente
...
Sou cientista charlatão
mas não contem pra ninguém não
que é tão transparente a lente que inventei
quanto a lã do vestido do rei
mas não foi usada na roupa do nobre
minha lente tava nos olhos do menino pobre
que gritou que o rei tava peladão

Na verdade não inventei nada
abusei do efeito placebo
vendi para um velho e um mancebo
minha lente propagandeada
Eles viram muitos problemas
mas também viram solução
receberam telefonemas
e foram à televisão

Acho que logo virão me acusar
de falsário e delinquente
Mas sei que fui decente
nunca quis a ninguém enganar
e nem com isso dinheiro ganhar
Apenas agi solidariamente
porque ao vender a falsa lente
estava doando um novo olhar

Frio sul

Venta o vento
Chove a chuva
Mas seu Bento
Colhe a uva
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A tar puesia...

Me dice o hómi que a tar puesia
tem di sê bem costruída
cum pilares grosso que sao as idéia
e cum cemento forte que sao as palavra
e cum cabamento lindo que sao as imagen

Acho bunito os prédio, ajudei a subi muintos
Mas vortei pra casa e pro campo e pra casa no campo
Porque pra eu modestamente as montanha e o mato
é mais bonito que as poesia e quadro todo que eu vi
porque elas só imita o que vê di bonito no mundo

Aí se eu pudesse di sê pueta
eu num queria de construir puesia ingual que prédio
porque me dá muinto trabalio e doía as costa
Queria de que fosse a minha puesia mais faciu
como é as paisaje da minha terra
que já veio fazida assim por deus

La inteligencia desde abajo

No es que yo no entienda lo que dices
Ya lo escuche atentamente muchas veces
y desde varias voces y plumas.
Me parece coherente y inteligente.

Pero es que pisando donde pisé
Aunque la inteligencia me permita comprenderlo
Mi sensibilidad no me deja aceptarlo

No es que yo sea tonto, soy sensible
Y me parece que el verdadero tonto
no es el que no comprende algo,
sino el que entiende sin sentir
Pues este sí no ha entendido nada

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Hombres sin super

Es que nos gobiernan los superhombres,
nacidos en Krypton pero creados aquí.
Tienen mucho poder en sus palabras
y saben mucho de casi todas las cosas.

Ellos buscan crear otros superhombres,
que puedan ser tan sabios y poderosos
para seguir gobernando y mandando.

Solo que los superhombres son tan super
que no son como la gente.
Saben todo de casi todo.
Solo no saben lo que sabe la gente.

Dicen que tenemos que aprender con ellos.
Creo que ellos que debían desaprender con nosotros.
Porque sería bonito si fuéramos iguales
y pudiéramos obedecer uno al otro
sin nadie tener que mandar.