Grito Literário

Monday, December 23, 2013

Amar é um risco.
E a paixão é um rabisco.

Não desanima não, Vitor.
Não desanima porque vocês sempre foram minoria.
Porque os que lhe antecederam conquistaram um monte de pouquinhos que somados são um montão. Lute em memória desses que já foram. Dos que perderam mas nunca se calaram nem acovardaram.
Dê o seu melhor junto com os que aí estão, agora e urgente.
Defenda os que ainda não chegaram, para que lhes espere um lugar amável. Continue caminhando e perguntando, rumo à utopia inalcançável.
Porque a História, como diz Galeano, é uma senhora que caminha a passos lentos. Dá as mãos pra ela e anda devagarinho, com paciência até onde conseguir, porque ela ainda vai continuar caminhando muito depois que seu corpo se canse.
Mas não desanime. Seus sonhos não cabem em sua linha do tempo mas esta velha senhora pode levá-los adiante, assim como lhe entregou sonhos alheios aos quais você dá vida como se fossem novos.
Acredite nesta energia inexplicável que às vezes você gente. Sinta. Acredite.
Vai Vitor, ser gauche na vida.

Sunday, December 22, 2013

Amor que foi

Hoje derramo lágrimas
Por esse amor que foi
Não pela tristeza de haver acabado
Mas pela alegria de haver existido
Não com o angustiante medo
de nunca mais me apaixonar assim
Mas com agradável certeza
de que na próxima vez amarei ainda mais

Qualquer coisa de ti

Te sinto como um rio correndo ao revés
nascendo no mar e subindo as montanhas
para desaguar na cratera de um vulcão

Como uma caneta que ao escrever apaga
os versos escritos num passado de dor
para deixar as linhas brancas de um não-amor

O vazio está cheio de amargura - e transborda
Eu estou farto de ti - e ainda te quero mais
O fim do mundo se aproxima de mim
a cada passo que dou a caminho de ti